Na Cultura Cigana a comida preparada e os alimentos, mesmo que ainda crus ou em preparo são muito respeitados, tanto pelas longas viagens que os afastavam de possuir uma plantação, quanto por causa das expulsões de certos locais, é um povo que muito conheceu a fome.
A cozinha de uma família cigana é um local sagrado, mas nem por isso está aberta a qualquer pessoa, um homem, por exemplo, não é muito bem vindo neste espaço, um homem pode ficar no comando de uma fogueira, até colher alguns alimentos, mas jamais prepará-los.
A cozinha cigana tem algumas regras que até hoje procuram ser cumpridas a risca, quando possível, entre elas está a proibição de se cozinhar quando está menstruada ou grávida, bem como as récem partiruentes.
Nos dias da menstruação feminina, a cigana não emana boas vibrações porque tudo que está expelindo do seu corpo são negatividades que não podem ser lançados na comida, e durante a gravidez a manutenção de certos alimentos podem causar ansiedade e muita agitação para o bebê, por isso as ciganas valorizam tanto as amizades que nestas horas são os socorros mais próximos.
Durante a feitura da comida a cigana deve estar sempre alegre e agradecendo por aquele alimento que alimentará sua família e todo o grupo. A colher que mexe a comida deve ser girada sempre em sentido horário e preferencialmente por colheres de pau.
Fumar na cozinha é praticamente um pecado, não aceito em nenhum grupo cigano, pois a higiene do corpo e da alma é fundamental no preparo dos alimentos e no momento de servi-los.
As primeiras pessoas a serem servidas devem ser aquelas que acabaram de dar a luz, então depois igualmente todos podem se servir, sempre agraddecendo e bendizendo a comida que vão ingerir